Após um começo de temporada verdadeiramente atípico – perdendo três dos primeiros quatro embates –, o Benfica chega à 10.ª jornada em situação bastante complicada e muito longe do fulgor da época passada.
Com 7 pontos de atraso em relação ao FC Porto, as águias só poderão continuar a sonhar objetivamente com a reconquista do título se lograrem pontuar no Dragão. E mesmo um eventual empate não resolverá muito para os benfiquistas, pois convém ter em conta que, até à data, o adversário só não ganhou um dos nove embates disputados na prova. E em toda a época, no que se refere a partidas oficiais, a turma de André Villas-Boas nunca perdeu!
Para esta segunda “final” da semana – a primeira, com os franceses do Lyon, na Liga dos Campeões, começou por correr muito bem e ia acabando em drama, com Roberto a ser atacado pelos “fantasmas” que já pareciam enterrados (não sofreu golos nos últimos 5 jogos do Campeonato) –, Jorge Jesus deve apostar em David Luiz para o posto de lateral-esquerdo, com o endiabrado Coentrão a alinhar mais à frente.
Pensar em Hulk
A alteração, a confirmar-se, fará com que o intermitente César Peixoto seja sacrificado, ele que tem vacilado em vários momentos importantes. O técnico acredita que o mais agressivo David Luiz será o elemento indicado para fazer frente ao sensacional Hulk que, desde o começo da época, tem sido o melhor jogador da prova. Perante este cenário, o também brasileiro Sidnei fará dupla com o compatriota Luisão no eixo da defesa lisboeta.
De resto, no Benfica (com Cardozo ainda lesionado e Aimar já em condições) não se esperam mais alterações face à equipa habitual dos últimos tempos. E taticamente o modelo também será o tradicional 4x4x2.
Do lado portista, o treinador só deverá fazer uma mexida em relação ao conjunto que apresentou em Aveiro, a 7 de agosto, quando os dragões venceram o Benfica, por 2-0, de forma indiscutível na Supertaça. Fernando, lesionado, fica de fora, surgindo Guarín no seu lugar num oleado sistema de 4x3x3.
Acrescente-se que este será um clássico dominado pelos sul-americanos. De entrada, devem ser 14, entre argentinos, brasileiros, uruguaios e colombianos. Sinais da globalização