André Villas Boas está de regresso à cidade onde debutou como treinador de futebol. O reencontro com a Académica está marcado para este sábado, num jogo que irá opor o primeiro classificado com o terceiro, na posse deste surpreendentes estudantes comandados por Jorge Costa. Nesta quarta-feira, como habitualmente, um jogador da Briosa fez a antevisão da partida, por sinal um dos elementos da equipa que deverá ter mais trabalho ou não fosse ele o último obstáculo aos golos de Hulk e companhia.
«Se é possível chegar ao fim do jogo sem sofrer golos? Porque não? Tudo é possível no futebol, na Taça de Portugal, por exemplo os grandes perdem com equipas mais pequenas. Neste caso, jogamos na mesma Liga É claro que há diferenças, além de que o Porto está muito forte mas podemos ganhar. Não vamos para o jogo com espírito derrotista», acredita o guardião francês, mesmo se os estudantes já não vencem os azuis e brancos há 40 anos.
Do outro lado, sabe Peiser, vai estar o ataque mais inspirado da Liga, com Hulk em grande forma: «Vai fazer o seu papel e eu o meu. Mas é mais importante o resultado para a equipa do que a minha exibição. Isto não é o ténis ou o golfe, o importante é o espírito de equipa. E não me preocupo só com o Hulk. O Porto tem 20 bons jogadores. Se ele tiver um dia mau, outro poderá fazer a diferença. O importante é que possamos fazer um bom jogo. Será um jogo difícil mas acho que se todos os jogadores estiverem em forma, podemos ganhar. É importante ter espírito vencedor e encarar o jogo de cabeça levantada.»
O regresso de Villas Boas não tem entusiasmado o balneário, a avaliar pelas palavras do guarda-redes gaulês. «Falamos muito pouco dele. Se calhar, é-lhe mais fácil preparar o jogo, por já ter cá estado, mas temos uma equipa técnica diferente e alguns jogadores diferentes também. Pode conhecer a maior parte do plantel mas não todos.»
A Académica, é bom frisá-lo, tem o segundo melhor ataque atrás, justamente, do F.C. Porto e ainda não passou um jogo em branco. Há razões, por isso, para esperar muitos golos no sábado? «Espero que só os haja da nossa equipa. É verdade que também temos sofrido alguns mas isso deve-se ao facto de sermos muito ofensivos. Se ganhámos no último minuto na Luz, por exemplo, foi porque continuámos a atacar. Em minha opinião, é mais fácil aprender a defender do que fazer golos», sustenta o guarda-redes dos estudantes.