Longe dos relvados, o ex-guarda-redes Vítor Baía fala sobre os melhores e piores momentos de uma carreira recheada de conquistas e revela que se não tivesse entrado no mundo do futebol teria sido economista.
Correio da Manhã - O que é ser um homem fora do campo?
Vítor Baía - Ser um homem fora de campo é ser homem de família, ser pai, ser um homem solidário que tenta ajudar quem o procura.
- Sentes algumas saudades dos relvados e dos tempos nas balizas do FC Porto?
- Tenho apenas saudades do relvado dos jogos grandes, mas confesso que já tive mais do que aquelas que sinto no momento actual.
- Qual foi o melhor momento ao longo de toda a tua carreira?
- Os melhores momentos da minha carreira estão, sem dúvida, ligados às grandes conquistas colectivas como a Champions League, Taça UEFA e Taça Intercontinental por ordem de importância. Depois dos títulos colectivos, outro marco bastante importante na minha carreira foi o facto de ter sido considerado o melhor guarda-redes da Europa e também de ter sido o único guarda-redes português a conseguir esse feito.
- Mas também houve maus momentos. Algum que recordes em especial ao longo da tua carreira?
- Dentro dos piores momentos saliento as lesões físicas, que me impossibilitaram de jogar, e de ter estado privado de ajudar a Selecção portuguesa de 2004 a 2007. Essa é a pior parte.
- O que gostavas de ter sido caso não tivesses escolhido ser jogador de futebol?
- Se não tivesse seguido a carreira no mundo do futebol, seguramente que teria tirado uma licenciatura, como aconteceu, e provavelmente estaria a trabalhar na área da economia.
- Há quem possa não saber, mas tu tens mais títulos do que a mítica lenda do futebol Eusébio. Isso deixa-te vaidoso e orgulhoso?
- Mais do que ter mais títulos conquistados do que o Eusébio, o que me deixa bastante orgulhoso é o facto de ser o jogador do Mundo com mais títulos conquistados.
- O que costumas fazer no teu dia-a-dia?
- No meu dia-a-dia, para além dos projectos relacionados com a minha fundação, a qual me dedico a tempo inteiro, dedico também algum tempo aos outros projectos aos quais estou ligado (como, por exemplo, o projecto da PT, no qual sou Embaixador do Desporto Escolar) assim como aos negócios que vou desenvolvendo a título pessoal. De resto, os poucos tempos livres que tenho dedico-os principalmente à minha família e confesso que também passo algum tempo a treinar e jogar com os meus amigos, assim como umas idas ao ginásio.
Longe dos relvados, o ex-guarda-redes Vítor Baía fala sobre os melhores e piores momentos de uma carreira recheada de conquistas e revela que se não tivesse entrado no mundo do futebol teria sido economista.